Com a Independência do Brasil, algumas transformações aparecem na sociedade brasileira como, por exemplo, abloição da escravatura, proclamação da República, industrialização e crescimento da economia. Assim, surgem novidades nas artes como o processo de euforia chamado de Belle Époque.
Na arquitetura o Ecletismo e o Art Nouveau serão reponsáveis pelas características dos luxuosos edifícios construídos com as riquezas proporcionadas pelo café, pela borracha e pela industrialização.
Nas artes plásticas, acontece outra manifestação artística nesse período: a caricatura , que ocupará um lugar importante no Brasil.
ECLETISMO
O ecletismo, estilo arquitetônico que aceita misturar numa única construção vários estilos trazidos da Europa, dominará a arquitetura desse período. Observe algumas construções ecléticas:
Teatro Amazonas (Manaus)
Teatro José de Alencar (Fortaleza)
Um fator que caracterizou o Ecletismo no Brasil foi a utilização do ferro. Esse material se tornou de grande importância na Europa após a Revolução Industrial, pois permitiu construções mais rápidas e funcionais resolvendo, assim, as necessidades sócio-econômicas.
O Brasil passou a importar, então, estruturas completas compostas de ferro fundido ou forjado, como as do mercado de Belém e de Manaus.
Mercado municipal de Manaus
Mercado de Belém
ART NOUVEAU
O Art Nouveau (arte nova), estilo artístico criado no final do século na Europa para suplantar o Ecletismo, valoriza a decoração interna e externa das construções e dos objetos com desenhos inspirados em flores e folhas, criando formas sinuosas e serpentinadas.
Um bom exemplo da arquitetura art nouveau é a Vila Penteado, residência do fazendeiro e industrial Antônio Penteado, atualmente sede da Faculdade e Urbanismo da Universidade de São Paulo.
Villa Penteado.
Arquiteto:Carlos Eckman
Ano: 1902
Higienópolis
Rua Maranhão
Arquiteto:Carlos Eckman
Ano: 1902
Higienópolis
Rua Maranhão
Fotos copiadas da galeria de Cláudio Zeiger
Detalhes internos de Vila Penteado
CARICATURA
Alguns artistas começam a expressar suas visões sobre as novidades que ocorreram na mudança do século utilizando caricaturas, ou seja, desenhos que deformam as proporções normais para exaltar características, vícios ou trejeitos das personalidades.
Esse tipo de desenho, segundo historiadores, surgiu pela primeira vez no antigo Egito em papiros, que satirizavam a sociedade da época e continuaram a aparecer durante toda a história da arte européia até atingir o seu apogeu no século XIX na França.
Graças a um certo liberalismo do governo Imperial, que permitiu o direito à crítica, no Brasil a caricatura começa a ser usada como forma de expressão artística a partir de 1830, geralmente relacionada à política. No final do século XIX torna-se muito importante, chegando até os nossos dias.
Angelo Agostini, famoso caricaturista da década de 1860 e colaborador de várias revistas da época, gostava de retratar temas políticos. Observe:
Caricatura de José Bonifácio por Ângelo Agostini, com a legenda: "Festejos da Independência. Grande sarilho no Largo de São Francisco na noite de 8 de setembro. O Patriarca Bonifácio, perdendo a paciência, esteve quase disposto a reagir contra os turbulentos".
Revista Ilustrada, Coleção do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (USP)
Reprodução de Grandes Personagens da Nossa História
Revista Ilustrada, Coleção do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (USP)
Reprodução de Grandes Personagens da Nossa História
Outros caricaturistas:
Calixto Cordeiro
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