terça-feira, 16 de março de 2010

INTRODUÇÃO DA ARTE NO BRASIL



Cada país tem um perfil próprio que o caracteriza e o distingue dos outros. Hoje visualizamos um Brasil maduro, soberano, confiante, seguro de suas diversas tradições e de seus valores nacionais. Contudo, nem sempre foi assim, e a conquista dessa soberania constituiu um processo histórico longo e entremeado por conflitos e interesses.

No período da colonização, os portugueses tentavam influenciar para que os índios assumissem o modo de viver, valores, formas de expressão de Portugal.Para cá vieram inicialmente, degredados, aventureiros, mercenários, cristãos novos,comerciantes ambiciosos, jovens nobres, exploradores...

Esses colonizadores, embora tivessem interesse em ocupar a terra, estavam empenhados em garantir o domínio político de Lisboa, subjugando os nativos. Mas, para que fossem dóceis à dominação do branco, era preciso desenvolver uma certa tolerância em relação aos costumes dos indígenas.




O colonizador, então, fechou os olhos e permitiu que muitos traços culturais primitivos perdurassem. Como a mão-de-obra nativa não era suficiente para a exploração, foi necessário escravizar os negros africanos.

O processo colonizador exigiu também uma certa condescendência em relação às suas crenças e costumes tribais diferenciados, o que evitava uma união em torno do interesse comum pela liberdade.

Essas concessões às divindades pagãs, aos seus ritos e aos seus instrumentos de louvação, como tambores e atabaques, misturaram-se ao esforço dos jesuítas, que promoviam festas religiosas, espetáculos musicais, cerimônias litúrgicas e dramatizações catequéticas em busca da conversão dos índios, criando uma primeira base que viria abalar os princípios estéticos europeus.


E assim, a cultura proveniente das diferentes raças começa a misturar-se. A fauna e a flora brasileiras se faziam presentes junto a motivos clássicos nos entalhes, esculturas e pinturas.

Durante alguns séculos, por meio de limitação e repressão, houve um esforço de apagamento desse impulso expressivo.


Quando a nação se torna soberana, já estão enraizados os princípios de sua identidade própria e de sua linguagem.


A liberdade permite que amadureçam e se desenvolvam de forma plena. E é nas artes que essas raízes da identidade se evidenciam de maneira mais nítida.

Enfim, o que o país produz, seja na música, na dança, no teatro, na arquitetura, na pintura, na escultura, no cinema, na fotografia... seja nas novas formas de expressão da era tecnológica, deve ser conhecido por todos os cidadãos brasileiros, pois esse extraordinário tesouro do talento e criatividade humana constitui nossa identidade!

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