terça-feira, 20 de março de 2012

REALISMO



Entre 1850 e 1880 um novo movimento cultural, denominado Realismo, predominou na França e se estendeu por toda a Europa e outros continentes.

Os artistas integrantes desse movimento repudiaram a artificialidade do Neoclassicismo e do Romantismo, pois sentiam a necessidade de retratar a vida, os problemas e costumes das classes média e baixa, em substituição à arte inspirada em modelos do passado. Dois entre os principais pintores franceses a praticar a estética realista foram Jean-François Millet (1814-1875) e Gustave Coubert (1819-1877).

Angelus de Jean-François Millet

As Respingadeiras de Jean-François Millet

Filho de camponeses, Millet foi um dos primeiros artistas a pintar cenas da vida no campo como realmente era. Dedicou-se à pintura de paisagens puras e trabalhadores rurais. Dando ênfase ao desenho, Millet eliminou todos os ornamentos que não eram essenciais. Suas obras transmitem a dignidade de uma classe que anteriormente era retratada de forma grosseira.

Como Millet, Coubert também retratou em suas obras a vida cotidiana das classes populares. Seus quadros denunciavam as diferenças sociais que a burguesia do século XIX preferia ocultar.

Os Quebradores de Pedras de Gustave Coubert

Em O Ateliê do Pintor, Coubert declara publicamente suas opiniões sobre a sociedade em que vivia. O quadro mostra seu estúdio em Paris, onde três grupos dividem o espaço: ao centro, o artista (acompanhado da ¨verdade¨, na figura da mulher nua) pintando uma paisagem – sua terra natal- , tema considerado indigno pela corrente artística da época. À direita, retrata os amigos que o influenciaram em seu desenvolvimento como artista e homem. O principal deles é Chamfleury (sentado), fundador do moviento realista na literatura. À esquerda agrupou seus inimigos e as pessoas que eram exploradas por eles.



 O Realismo se manifestou também na escultura e principalmente na arquitetura.

Com a industrialização grandes mudanças ocorrem na Europa. As igrejas e palácios construídos nos séculos anteriores com requinte foram substituídos por fábricas, hospitais, armazéns, apartamentos urbanos, escolas, estações ferroviárias, enfim, construções civis que atendiam às necessidades de classe operária e da burguesia do século XIX. As obras de engenharia e arquitetura passaram a ser realizadas com materiais novos surgidos a partir da Revoluçào Industrial, como o ferro fundido e o concreto armado. De início, o ferro foi urtilizado com o propósito unicamente utilitário; depois tornou-se o meio de suporte habitual para cobertura de grandes espaços, como estações ferroviárias e bibliotecas públicas. Mais tarde, com objetivos mais ambiciosos, o ferro foi o material básico da delicada estrutura do palácio de Cristal de Londres, construído em 1851 por Joseph Paxton, e também a primeira  construção francesa que adotou esse material em toda a sua estrutura, a célebre torre Eiffel, obra do engenheiro Gustave Eiffel, monumento símbolo concluído em 1889. Com 300 metros de altura, foi a construção mais alta da época

Torre Eiffel

Palácio de Cristal em Londres







Palácio de Cristal em Madrid, inspirado no Palácio de Cristal de Londres

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